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quinta-feira, 28 de maio de 2009

A putização da juventude maputense!


Recebi a dias um e-mail que merece muita reflexão. E desde ja, repasso na esperança de que concordem com as sábias palavras do autor desconhecido, como eu concordei.




"Prostitutas sempre houve na nossa cidade. Era uma grupo relativamente pequeno, de moças e mulheres de parcos rendimentos, de familias pobres, que usavam o que Deus lhes deu e a ganância dos homens, para sobreviver economicamente. Ocupavam certos passeios, zonas de certos bairros e bares de certas ruas.

Mais recentemente, o grupo vem alargando-se, em número, em motivações, em métodos e em extractos sociais. E em género. As moças já não se prostituem só para não passarem fome. Prostituem-se para pagar a universidade. Para poderem comprar na Loja das Damas. Para poderem ir ao Coco´s. Já não trabalham só nas ruas, nos bairros da periferia ou nos bares da Rua de Bagamoyo. Passaram a ocupar mesas no Sheikh, no Mundo´s, no Lounge. Já não são pobres moças do subúrbio, são filhas da “classe média” que vivem em apartamentos pagos pelos Srs. Directores, conduzem carros pelos Srs. Directores, viajam à custa dos Srs. Directores. Director aqui representa toda essa classe de homens bem-posicionados, para quem a prova de masculinidade passa pelo número de moças que vivem à sua custa. O facto de serem um bando de otários que acaba por sustentar não só a moça, a família da moça, mas também o namorado da moça, escapa-lhes, de tanto estarem deslumbrados pela sua recém-adquirida nova-macheza, irmã gémea da sua nova-riqueza.

Ao grupo das moças, juntou-se o grupo dos moços. São os que “servem” as kotas. As mulheres dos tais Directores. Abandonadas no lar familiar - os maridos estão sempre nas sextas-feiras do homens, bebem tanto que já são impotentes, e gastam o Viagra e o Enzoy apenas para provar às suas mocinhas que ainda são homens, e com extra cash com que os maridos compram a sua permanência no lar, saiem em busca dos moçoilos jovens, altos, fortes e sempre sedentos de cash para sustentar os vícios, as namoradas, os fins-de-semana, as roupas, os celulares da moda, etc. A kota paga cash, mas também paga o ginásio, os cursinhos, etc. Em troca, recebe a ilusão de satisfação e prazer. Uma minoria, mas crescente, desses moços já recebe carros, apartamentos e viagens ao estrangeiro.

Um fenómeno mais recente são os jovens que se vendem a sectores da comunidade gay. Este é o grupo mais prostituto. Pode argumentar-se que os outros fazem por dinheiro e benefícios materiais o que regularmente fariam na sua vida do dia-a-dia: sexo com o sexo oposto. A maioria dos jovens que se vende a membros da comunidade gay não tem apetências sexuais por homens.. Mas, hoje em dia, por dinheiro, pela quantia certa de dinheiro, vale tudo. If the price is right... Alguns tentam manter uma risível aparência de dignidade masculina, dizendo: “eh, pá, eu só dou, não levo!”. Outros, pela quantia certa, entregam a boca e o cu e tudo o mais que o master quiser comprar. If the price is right... E até trazem outros bradas para a jaula do leão, se for preciso. Viram recrutadores. A troco de comissão. Viram os cafetinos de estimação. Têm direito a whisky, onde os outros só bebem cerveja. Têm direito a emprego, onde os os outros só recebem envelopes de dinheiro. Têm direito a cursinho, onde os outros só levam dinheiro para o fim-de-semana no Coco´s.

Infelizmente, esta minoria da comunidade gay que usa o poder do livro de cheques para adquirir a satisfação que é incapaz de conquistar por mérito próprio, essa busca interminável e inatingível do garanhão perfeito, está a criar não só um ambiente insustentável para o resto da comunidade, como emporca-lha a reputação da comunidade.

Hoje em dia já é comum para qualquer caça-centavos desgraçado, qualquer aspirante a menino bem, chegar perto de alguém que ouviu dizer ser gay e perguntar: “ouve lá, pá, quanto é que me pagas para eu te fuder?”! “És gay? Quanto pagas?”! Pagar o quê, para quê? Como se fosse a coisa mais óbvia que (1) todo o gay está tão desesperado por homem que fode com qualquer um que lhe apareça à frente e (2) todo o gay paga dinheiro por sexo e só consegue sexo por dinheiro. A situação está de tal modo, que até gays de condição económica inferior já começaram a fazer por dinheiro aquilo que sempre fizeram só por prazer. Basta que o outro gay tenha aparência de melhor posição sócio-económica. É a reprodução do modelo prostituto hetero dentro da comunidade gay.

E assim vai a putização da nossa juventude!"

*Autor desconhecido (artigo propagado por email)

3 comentários:

  1. concordo plenamente com autor desse texto
    o cara disse tudo
    agora e hora de pensar seriamente nesse assunto
    o que fazer para que isso não se propague

    excelente temas

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  2. Antes era por dinheiro, hoje é muitas vezes a busca de "shortcuts" para conseguir coisas que não seria impossível conseguir doutro modo. Por dificuldades passamos todos, certo? Em maior ou menor nível, estamos todos nessa luta. A diferença está nas opções que escolhemos tomar. A prostituição está a "modernizar-se", e nós, apáticos, assitimos a degradação de valores básicos. A solução começa por entendermos a real dimensão do problema.

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  3. "shortcuts" Gostei dessa. Concordo plenamente com as tuas palavras Luís...Mas ja tive oportunidade de conviver com muitas pessoas que se encontram nas mesmas condições das descritas no texto (Mulheres mostly). E pelo que vejo muitas vezes é que esta tendência pelo "shortcut" vem quase que naturalmente, muitas vezes sem que a pessoa se aperceba. Outras a tendências surge num momento de extrema pressão por causa dos diversos factores da vida. Por isso não condeno as opções tomadas. Mas os factores que fazem a pessoas poderem tomar Esse tipo de decisão. Factores como escola, afecto familiar, amizades, vivências, basicamente tudo que esta relacionado com a formação dessa pessoa como Indivíduo na sociedade.

    Fica muito complicado realizar a dimensão de um problema que não sabemos parte exactamente de onde mas sabemos que cresce a cada dia...

    Talvez um dia consigamos.

    Kaëtus

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